Caros leitores, eis minha opinião a respeito do que pensam Jussara e Yuri.
Jussara, que defende o uso de"piar", parte da premissa de que “twitter” em inglês significa “chilrear”, “piar”.
Jussara estaria certa se a referência primeira de “twittar” fosse o verbo inglês “to twitter”.
Mas não é.
A referência desse neoverbo é o nome próprio Twitter, o microblog que é o mais recente fenômeno da internet.
Tanto que muitos twitteiros nem sabem o significado da palavra “twitter”.
O que prova que o twittar que está sendo usado se associa mais à ideia de “pequeno texto publicado no Twitter”, e não a “piar”.
Yuri, que é defensor de "tuitar", tem razão ao considerar anormal a forma "twittar".
Ocorre, amigo Yuri, que a língua é grávida de aberrações.
O plural "gols", as palavras "déficit" e "superávit" e os hibridismos "camelódromo" e "sambódromo" servem-nos como exemplos dessas aberrações.
Assim, por mais anormal que seja, "twittar" é uma forma abonada pela ortografia oficial, e isso é relevante.
Ademais, existe a vontade do povo.
Sabemos que, para muitos, a voz do povo não é vox dei (voz de Deus), e sim vox humbug (voz da tapeação).
Mas em língua, os fatos provam, é a vontade do povo que prevalece.
E tudo indica que o povo já escolheu "twittar", como mostra o Google, que dá cerca de 1.200.000 para "twittar", quase dez vezes mais que "tuitar".
Encerro o "debate" aqui.
Agora é com o leitor que quiser opinar.